quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Chico Buarque



Biografia:

Filho de Sérgio Buarque de Holanda, um importante historiador e jornalista brasileiro, e de Maria Amélia Cesário Alvim.
Foi casado com a
atriz Marieta Severo com quem teve três filhas: Sílvia, que é atriz e casada com Chico Diaz, Helena, casada com o percussionista Carlinhos Brown e Luísa. É irmão das cantoras Miúcha, Ana de Hollanda e Cristina.
Nascido numa família ilustre, conheceu
Vinicius de Moraes e Paulo Vanzolini dentre outros, antes de iniciar sua carreira, pois eles visitavam com frequência seus pais em sua casa na Itália.


Suas canções e críticas á ditadura:

Ameaçado pelo Regime Militar no Brasil, esteve exilado na Itália em 1969, onde chegou a fazer espetáculos com Toquinho. Nessa época teve suas canções Apesar de você (alusão negativa ao presidente Emílio Garrastazu Médici) e Cálice censuradas pela censura brasileira. Adotou o pseudônimo de Julinho da Adelaide, com o qual compôs apenas três canções. Na Itália Chico tornou-se amigo do cantor Lucio Dalla, de quem fez a belíssima Minha História, versão em português (1970) da canção Gesubambino, de Lucio Dalla e Paola Palotino.
Ao voltar ao Brasil continuou com composições que denunciavam aspectos sociais, econômicos e culturais, como a célebre Construção ou a divertida Partido Alto. Apresentou-se com
Caetano Veloso (que também foi exilado, mas na Inglaterra) e Maria Bethânia. Teve outra de suas músicas associada a críticas a um presidente do Brasil. Julinho da Adelaide, aliás, não era só um pseudônimo, mas sim a forma que o compositor encontrou para driblar a censura, então implacável ao perceber seu nome nos créditos de uma música. Para completar a farsa e dar-lhe ares de veracidade, Julinho da Adelaide chegou a ter cédula de identidade e até mesmo a conceder entrevista a um jornal da época.


O "eu" feminino:

Composições que se notabilizaram pela decantação de um "eu" feminino, retratando temas a partir do ponto de vista das mulheres com notória poesia e beleza: esse estilo é adaptado em Com açúcar e com afeto escrito para Nara Leão; continuou nessa linha com belas canções como Olhos nos Olhos e Teresinha, gravadas por Maria Bethânia, Atrás da Porta, interpretada por Elis Regina, e Folhetim, com Gal Costa e Iolanda (versão adaptada de letra original de Pablo Milanés), num dueto com Simone.

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